É preciso acabar com o preconceito da recuperação judicial Quando uma empresa entra em RJ, termo utilizado para a situação, é como se a empresa estivesse indo para a UTI passar por um tratamento intenso com o objetivo de sanar dívidas e trazê-la de volta ao mercado. Descubra as 16 redes varejistas em recuperação judicial.
A recuperação judicial é a reorganização econômica, administrativa e financeira de uma empresa, feita com a intermediação da Justiça, para evitar a sua falência.
Uma empresa precisa passar por um processo de recuperação quando está endividada e não consegue gerar lucro suficiente para cumprir suas obrigações. Entre essas obrigações estão os pagamentos de credores, fornecedores, funcionários e impostos.
A negociação de um plano de recuperação interessa não apenas ao devedor que deseja evitar a falência, mas também às partes com as quais a empresa está em dívida. Isso porque a recuperação é uma forma de garantir os interesses dos credores e dos empregados, graças à possibilidade de recuperação dos créditos e de manutenção dos empregos.
Barred´s
A primeira loja foi aberta em 2006 e, a partir de 2008, a companhia também passou a fabricar suas próprias roupas em duas unidades, Cuiabá e São Paulo. Com 118 lojas e 578 funcionários, a rede de lojas de moda acumula 104,2 milhões de reais em dívidas. Entre os cerca de 330 credores, a maioria são shoppings centers.
Camisaria Colombo
A Camisaria Colombo foi fundada em 1917. O grupo varejista de vestuário masculino, entrou com pedido de recuperação judicial na vara cível de Cuiabá, no Mato Grosso, onde está localizado o centro administrativo da empresa. A companhia acumula dívida de 1,89 bilhão de reais, sendo grande parte com bancos e gestoras de shopping centers.
Ricardo Eletro
A Ricardo Eletro surgiu em 1989 na cidade de Divinópolis no interior de Minas Gerais. Expandiu para o interior do estado, chegou a capital mineira em 1999. Com um pouco mais de 10 anos de existência, estava no ranking entre as 5 maiores empresas de varejo de eletroeletrônico do Brasil. A primeira expansão para fora de Minas Gerais aconteceu em 2002, com a abertura de lojas no Espírito Santo. Em 2005, começou a expansão para o nordeste, começando pela Bahia.
A rede de lojas Ricardo Eletro, empresa do grupo Máquina Vendas, protocolou em 2020 um plano de recuperação judicial da empresa. Segundo informações do jornal Valor Econômico, essa é a maior recuperação judicial já registrada no varejo. São cerca de 20 mil credores que somam uma dívida no valor de R$ 4 bilhões.
GEP
Dividido em quatro empresas e dono de 97 lojas em todo o Brasil, o grupo GEP é o criador da marca Luigi Bertolli e franqueado exclusivo da marca norte-americana GAP no Brasil, OFFashion, Emme e Cori. A recuperação judicial foi solicitada depois de suas dívidas somarem R$ 513 milhões.
Cori
A Cori foi a primeira marca do grupo GEP. Lançada em 1957 tinha como foco a atuação com roupa de trabalho para mulher. Tanto que a alfaiataria da marca sempre foi referência para o mercado e para as consumidoras.
Luigi Bertolli
Com sede em São Paulo, o grupo GEP fundou em 1985, a Luigi Bertolli, uma loja que oferece moda contemporânea nas linhas femininas e masculinas.
Emme
Em 2008, foi a vez da marca Emme, com foco em moda rápida, também conhecida como fast-fashion, para atender um público que busca novidade com preços acessíveis. A marca foi concebida como conceito Vintage e com o foco no público jovem.

GUARULHOS, SP, BRASIL, 2015-04-22: Fachada das lojas do Parque Shopping Maia. (Foto: Henrique Manreza)
Gap Brasil
Em 2009 o grupo tornou-se franqueado exclusivo da varejista americana Gap no Brasil.
OFFASHION
Em 2011 o grupo GEP abriu o outlet multimarcas Offashion para atender as demandas da própria marca.
Liberatti
A casa Santa Terezinha foi criada em 1956 pelo casal Aparecida e Liberato Ragazzi. Em 1972 começou a vender móveis e eletrodomésticos. Somente em 2010 a loja ganhou o nome de Liberatti. A varejista com sede em Ibaiti, no Paraná, fechou 80 lojas no estado e em Rondônia e São Paulo. O plano de recuperação judicial foi aprovado pela Justiça.
Darom Móveis
A Darom surgiu na década de 1970, quando seus quatro sócios começaram com o sonho de montar uma pequena loja de móveis. A loja foi inaugurada com o nome de Arlon Móveis. Nos anos de 1980 fizeram uma fusão com a loja chamada Domirom, de onde surgiu o nome Darom Móveis.
As primeiras lojas foram inauguradas nas cidades Paranaenses de Arapongas e Campo Mourão. Atualmente a Darom, pertencente ao Grupo Simbal, conta com 52 filiais distribuídas pelo Paraná e Mato Grosso do Sul. A Darom Móveis faz parte de um processo de recuperação judicial pedido no início do segundo semestre de 2015 por causa de dívidas de R$ 193 milhões.
Eletrosom
A Eletrosom foi fundada em 1980, na cidade de Monte Carmelo, interior de Minas. Essa história iniciou-se quando Natal Acir Rosa adquiriu uma pequena loja de móveis e eletrodomésticos na cidade. Em pouco tempo, o empreendedor expandiu suas unidades para as cidades vizinhas. A rede mineira tem mais de 180 lojas no país e pediu recuperação judicial em 2015. As dívidas ultrapassavam os R$ 200 milhões.
Leader
Fundada pelos irmãos Newton e José Laênio Gouvêa e o tio Omar Gouvêa inauguraram o Bazar Leader, na cidade de Miracema (RJ) em 1952. A estratégia para atrair clientes do trio era diferente. Eles esperavam os possíveis clientes no ponto de ônibus e faziam a captação por ali mesmo, convidando-os para tomar um café e conhecer a loja. É uma das lojas de departamento mais antigas do Brasil chegou a fechar algumas das suas 97 lojas espalhadas em vários estados brasileiros. Com 68 anos de mercado, a Leader acumulou uma dívida de quase R$ 1 bilhão.
BMart
Forever 21
Um dos símbolos do varejo fast fashion, a rede de lojas Forever 21, com dívidas que podem chegar a US$ 10 bilhões, acionou o capítulo 11 da lei americana de falências em 2019, que equivale à recuperação judicial no Brasil. Com mais de 800 lojas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina, especialmente no Brasil, a companhia deverá fechar cerca de 350 unidades, das quais 178 no mercado americano.
Fatto a Mano
Fundada em 1987 por uma família italiana, a Fatto a Mano iniciou suas operações em São Paulo, oferecendo camisas e gravatas com corte e tecidos da alfaiataria europeia. Em 2014, após observar a necessidade do mercado pelo produto oferecido, iniciou a expansão da marca no formato de franquias. A rede de roupas masculinas Fatto a Mano pediu recuperação judicial e acendeu um alerta sobre os varejistas. Em junho de 2020 entregou à Justiça de São Paulo um pedido de recuperação judicial com dívidas de R$ 40 milhões.
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