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Apocalipse no Varejo

por Rodrigo Campelo
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Apocalipse no Varejo

Será que o apocalipse do varejo chegou ao Brasil? Para quem não conhece a expressão, ela fala sobre um fenômeno que aconteceu no Estados Unidos que começou na década de 2010 com o fechamento de uma enorme quantidade de lojas físicas.

Por lá, grandes empresas como Walmart e Starbucks fecharam as portas de várias filiais em grandes centros urbanos recentemente. As razões foram as mais variadas possíveis. Excesso de lojas, crescimento do e-commerce, aluguéis caros para os varejistas e até mesmo a preocupação com a segurança pública.

Mas de volta a nossa realidade, o que está acontecendo por aqui?

No Brasil, nossas varejistas também estão na mesma sintonia. Riachuelo, Marisa e Tok Stok também anunciaram o fechamento de lojas e fábricas.

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As outras varejistas devem se preocupar?

Apocalipse no VarejoEm janeiro deste ano, a Riachuelo fechou fábrica no nordeste e demitiu dois mil funcionários. No campo das vendas, a empresa também fechou um dos seus pontos mais simbólicos, localizado na Oscar Freire em São Paulo. A loja funcionava há 10 anos e era uma loja conceito com grande visibilidade na região. Mas de acordo com a marca, a revisão de lojas é um movimento natural do varejo e que mesmo com o fechamento desta unidade existem novas inaugurações previstas.

Segundo o itaú BBA, que faz análises econômicas do mercado, o balanço financeiro deste primeiro trimestre da Riachuelo pode ser considerado “fraco”, com um crescimento de quase 120% no seu prejuízo líquido.

Ainda no setor de moda, a situação da Lojas Marisa é mais preocupante. A marca anunciou o fechamento de 91 lojas em um processo que deve custar cerca de 62 milhões de reais. Em comunicado, a Marisa justificou a ação por esses pontos serem deficitários, além de um processo de reestruturação.

E não para por ai

Um último exemplo pode ser observado na Tok Stok. Com uma dívida de quase 600 milhões de reais, a empresa já sofreu o impacto de uma ação de despejo de imóvel localizado no sul do estado de Minas Gerais, fechamento de várias lojas e renúncia de executivos. No caso da varejista, que é uma mega loja com oferta de diferentes tipos de produto, a situação pode estar relacionada à mudança no comportamento dos clientes que estão mais assertivos, desejam agilizar o processo de compra de produtos, buscam e-commerce, podem contar com atendimento em canais e outras formas de relacionamento que não envolvam tirar parte do dia para ir a uma loja física.

Mercado virtual no Brasil

Nesse sentido, vale destacar o aumento de vendas virtuais no Brasil. Segundo projeção do banco internacional de dados STATISTA, o país é líder mundial no crescimento do formato. Estima-se que, entre 2023 e 2027, a taxa de aumento no uso de e-commerce por brasileiros seja de quase 15%. Mas isso não significa que as varejistas físicas estão em perigo.

No primeiro trimestre deste ano, as vendas em shoppings aumentaram cerca de 7%, superando níveis pré-pandemia. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers – ABRASCE. Em resumo, apocalipse do varejo não chegou ao Brasil, mas chegará às empresas que não souberem se adaptar às tendências de comportamento dos consumidores que vem mudando numa velocidade muito grande.

Outro ponto relevante e que não pode ser desconsiderado é que diante da situação economica atual que estamos vivendo, algumas empresas estão deixando de lado as inovações tecnológica com o olhar atento ao curto prazo e esse poderá se tornar o tendão de Aquiles de muitas varejistas num futuro breve.

Mercado de hoje – A cultura do brasileiro

É importante ressaltar que o brasileiro vem de uma cultura do olho no olho, gosta de pegar, conversar e mostrar. A compra digital vem crescendo na nova geração, mas ainda não é o foco do consumo. Somos um mercado do calor, que se preocupa e organiza com o tato. Essa relação entre digital e comércio real será sempre uma equação difícil de projeções, mas não pode ficar fora do foco dos empresários.

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