Abrir uma loja em shopping pode ser um ótimo caminho para crescer no varejo, mas também exige atenção a uma série de detalhes que vão muito além de ter um bom produto. Localização, custos fixos, exigências contratuais e o perfil dos frequentadores são fatores que influenciam diretamente no sucesso (ou fracasso) da operação. Se você está pensando em dar esse passo, aqui vai um checklist com tudo o que precisa saber antes de investir.
A presença de novas marcas em shoppings tem aumentado nos últimos anos, impulsionada pela retomada do consumo e pela chegada de franquias e negócios digitais ao varejo físico. Mas, diferentemente de uma loja de rua, atuar dentro de um centro comercial envolve regras próprias e, muitas vezes, custos mais altos. Por isso, o planejamento precisa ser ainda mais cuidadoso.
O que considerar antes de abrir sua loja em um shopping
1. Entenda o perfil do shopping e do público
Nem todo shopping combina com qualquer tipo de loja. Centros de alto padrão, por exemplo, costumam atrair um público com maior poder de compra — o que exige posicionamento e preços compatíveis. Já os shoppings populares têm apelo maior para marcas que competem por preço e volume.
2. Avalie bem a localização da loja dentro do shopping
A posição da loja influencia diretamente na visibilidade — e no faturamento. Espaços próximos à praça de alimentação, corredores principais ou lojas-âncora costumam ter mais movimento, mas também um aluguel mais alto.
3. Conheça todos os custos envolvidos
Além do aluguel, é comum pagar condomínio, taxa de promoção (usada pelo shopping em ações de marketing) e, às vezes, luvas (valor para assumir uma loja que já funcionava ali). Ter controle sobre esses custos é essencial para garantir a viabilidade do negócio.
4. Leia o contrato com atenção
Os contratos em shopping são cheios de cláusulas específicas. Como exigências de padronização da vitrine, metas de vendas e prazos mínimos. Negocie com cuidado e só assine se estiver seguro de que poderá cumprir.
5. Avalie se o seu modelo de negócio funciona nesse ambiente
Alguns tipos de loja têm mais aderência no ambiente de shopping: alimentação, cosméticos, serviços rápidos, moda e conveniência costumam se sair bem. Analise se sua operação tem o ritmo e o perfil para esse formato.
6. Calcule o ponto de equilíbrio da operação
Por conta dos custos fixos mais altos, o ponto de equilíbrio de uma loja em shopping costuma ser mais elevado. Em outras palavras: você precisa vender mais para fechar as contas. Planeje com base em projeções realistas.
7. Esteja preparado para as sazonalidades
Datas como Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais e Black Friday concentram boa parte do faturamento do varejo em shopping. Antecipe seu planejamento e estoque para não perder essas oportunidades.
8. Invista no time de atendimento
O atendimento em shopping costuma ser mais exigente. Ter uma equipe bem treinada e atenciosa faz diferença na experiência do cliente e na fidelização.
9. Aproveite o marketing do shopping, mas não dependa só dele
Ações promocionais e campanhas do shopping ajudam, mas é importante ter um plano de marketing próprio. Use redes sociais, influenciadores locais e sua base de clientes para atrair ainda mais movimento para sua loja.
10. Fortaleça sua marca além da vitrine
Mesmo com a vitrine exposta ao grande fluxo do shopping, o relacionamento com o cliente deve ir além. Trabalhe bem o pós-venda, mantenha canais de contato ativos e invista em fidelização.
Loja em shopping: boa vitrine, mas com regras do jogo
Ter uma loja dentro de um shopping oferece estrutura, movimento constante e a chance de alcançar novos públicos. Mas também exige preparo e gestão atenta. Antes de investir, entenda o funcionamento do centro de compras, avalie sua capacidade de adaptação ao modelo e esteja pronto para jogar o jogo do varejo com estratégia.
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