Você pode até imaginar que, com os juros a 15% ao ano e a inflação passando dos 5%, seria difícil ver algum setor da economia crescer. Mas os números mostram outra realidade quando falamos de franquias. De janeiro a março de 2025, o franchising brasileiro movimentou R$ 65,9 bilhões, um crescimento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e foram divulgados agora em julho.
Foram mais de 7 mil novas unidades abertas só no primeiro trimestre, o que elevou o total de operações ativas no país para quase 200 mil. E tem mais: segmentos como Limpeza e Conservação (+16,3%), Saúde, Beleza e Bem-Estar (+14,9%) e Hotelaria e Turismo (+14,7%) puxaram esse crescimento. Educação também teve papel relevante, com alta de 5,1% no trimestre e 7,8% nos últimos 12 meses.
Pode parecer contraditório ver esse desempenho em meio a crédito caro e perda de poder de compra. Mas quando olhamos mais de perto, o modelo de franquia tem algumas cartas na manga: suporte das redes, processos já testados, demanda por serviços essenciais e um apelo de segurança para quem quer empreender com menos riscos.
Um bom exemplo desse movimento vem do KNN Group, grupo que comanda a KNN Idiomas, uma das maiores redes de ensino de idiomas do Brasil. À frente da operação, o empresário Reginaldo Boeira observa de perto como o setor tem reagido à economia. Em 2024, a rede ultrapassou R$ 1,2 bilhão em faturamento e soma hoje mais de 670 unidades em 550 cidades brasileiras.
Segundo ele, em momentos de incerteza, os investidores tendem a buscar modelos de negócio mais estruturados. E é justamente aí que o franchising se destaca. Outro ponto que chama atenção é o crescimento em cidades do interior. Quase metade das unidades da KNN está em municípios com até 100 mil habitantes. O motivo? Menor custo operacional, menos concorrência e um público que valoriza a chegada de marcas que geram emprego e oferecem acesso a serviços que antes só estavam nos grandes centros.
Se você está de olho nesse mercado ou considera empreender, vale prestar atenção também no perfil do novo franqueado. Segundo Boeira, aquele mito de que franquia dá retorno rápido e exige pouco envolvimento já ficou para trás. Hoje, os franqueados que se destacam são os que assumem uma postura ativa, lideram suas equipes, acompanham de perto o dia a dia e buscam evolução constante.
A expectativa para os próximos meses é de que o setor continue crescendo, mesmo com os desafios econômicos. Os destaques devem seguir nos segmentos ligados à saúde, educação, bem-estar e outros serviços essenciais, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Para quem busca um caminho mais estruturado para empreender, o franchising ainda é uma opção que merece atenção.
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