O mercado da moda foi surpreendido recentemente com a notícia de que a Azzas, grupo formado pela fusão entre Arezzo e Soma, está passando por uma reestruturação estratégica significativa. Descontinuação de marcas e o que mais vem por ai, no Azzas 2154? E quais são os impactos e perspectivas para o futuro da companhia? O anúncio da descontinuação de quatro marcas – Alme, Dzarm, Reversa e Simples – e a saída de Rony Meisler, cofundador da Reserva, da gestão da AR&Co, marcam um momento de grandes transformações para o grupo.
Mas quais são os impactos positivos e negativos dessas mudanças? Por que descontinuar marcas?
A decisão de encerrar a operação de algumas marcas é um movimento comum em reestruturações empresariais de grande porte. A Azzas justificou que a medida visa otimizar a gestão e concentrar recursos nas marcas com maior potencial de crescimento e alinhamento estratégico.
Impactos Positivos:
- Eficiência Operacional: Com menos marcas no portfólio, a Azzas pode redirecionar investimentos para áreas estratégicas, como inovação e expansão das marcas líderes.
- Fortalecimento de Marcas Consolidadas: Arezzo, Schutz, Reserva e outras marcas permanecem no portfólio e devem receber maior atenção e recursos, aumentando sua competitividade no mercado.
- Redução de Custos: A descontinuação pode eliminar gastos operacionais elevados de marcas que não performavam como esperado, liberando caixa para outras iniciativas.
Impactos Negativos:
- Perda de Diversificação: A saída de marcas como a Alme e a Dzarm pode limitar o alcance do grupo a públicos específicos, reduzindo sua penetração em nichos relevantes.
- Reputação: O encerramento de marcas, especialmente as que têm seguidores fiéis, pode gerar insatisfação em clientes e revendedores.
- Impacto nos Colaboradores: A transição pode levar a cortes de empregos e mudanças estruturais que afetam equipes ligadas às marcas descontinuadas.
A saída de Rony Meisler: o que está por trás?
A saída de Rony Meisler, que foi um dos fundadores e rostos mais reconhecidos da Reserva, sinaliza um momento de transição na gestão do grupo. Segundo fontes, o motivo da saída estaria ligado a diferenças de visão sobre gestão e autonomia entre Rony e Alexandre Birman, controlador da Arezzo e da Azzas.
E existe impacto com essa saída?
Toda mudança seja estratégia ou organizacional trazem impactos. O que podemos entender como pontos de atenção são:
- Perda de Liderança Criativa: Rony sempre foi associado à identidade ousada e inovadora da Reserva. Sua saída pode gerar incertezas sobre o futuro da marca e das suas subsidiárias.
- Mudança de Cultura Organizacional: A substituição por Ruy Kameyama, ex-CEO da BR Malls, deve trazer um estilo de gestão mais corporativo e focado em expansão estruturada. Isso pode ser positivo para crescimento, mas arriscado para manter o DNA autêntico da marca.
Por outro lado, a Azzas parece estar preparada para essa transição, com planos claros para o fortalecimento da Reserva e suas marcas derivadas, como Reserva Mini e Oficina.
Futuro Promissor com Desafios à Vista
Apesar das mudanças, o futuro da Azzas parece promissor. A previsão de faturamento superior a R$ 150 milhões em 2024 e a meta de superar 100 unidades até 2025 demonstram um grupo preparado para consolidar e manter sua posição como líder no mercado de moda brasileiro.
- Inovação e Personalização: A empresa está investindo em modelos de gestão adaptados a diferentes tipos de cidades, promovendo uma experiência mais individualizada para os clientes.
- Expansão de Franquias: Com oportunidades para novos franqueados, a Azzas continua a atrair investidores.
Por outro lado, o grupo precisará enfrentar desafios como:
- Reconquistar a confiança dos consumidores afetados pelas descontinuações.
- Manter a identidade das marcas durante a transição de gestão.
Nada muito diferente na vida corporativa. As mudanças recentes na Azzas representam um movimento estratégico ousado, mas necessário para fortalecer sua posição no mercado. A saída de marcas menos rentáveis e a reorganização da gestão são apostas para um futuro mais focado e sustentável. No entanto, os impactos negativos dessas transformações devem ser gerenciados com cuidado, para que a empresa possa aproveitar ao máximo o potencial de crescimento de suas marcas líderes.
Para consumidores e investidores, o momento é de atenção, pois a Azzas está redesenhando seu futuro. Se bem-sucedida, essa reestruturação poderá servir de exemplo para outras empresas do setor, mostrando que, às vezes, é preciso deixar para trás o que não agrega para avançar rumo ao sucesso.
Se gostou deste conteúdo, compartilhe e indique para leitura. Criamos um portal para trazer muitas informações importantes e te ajudar a tomar a melhor decisão na hora de empreender. Não se esqueça. Compartilhe com amigos e familiares e siga a gente nas redes sociais. A Negócio e Franquia está no Instagram, no Linkedin. Você pode acompanhar no canal do Spotify e até mesmo baixar as músicas do Playlist do empreendedor. Se inscreva no Canal do Youtube e acompanhe a coluna independente na FM O Tempo.