Antes de tentar traçar qualquer cenário para as vendas na reta final do ano, é preciso levar em conta a opinião de especialistas. Para eles, o crescimento no primeiro semestre foi abaixo do esperado. E mais: afirmam que o mundo todo está em processo de desaceleração econômica, o que, evidentemente, tem reflexos aqui no Brasil.
E o segundo semestre, como fica?
O segundo semestre é visto com mais otimismo por parte dos economistas. Isso porque historicamente, a segunda metade do ano costuma “compensar” a primeira. Isso justifica projeções de crescimento econômico de até 1% em 2019. É certo que as taxas de desemprego continuarão elevadas, mas a inflação deverá diminuir na reta final do ano, fechando 2019 num patamar menor que 4%. Isso certamente puxará uma queda de juros.
Por outro lado, o consumo de famílias segue sendo o fator de definição mais importante quando se trata de avaliar o ano como um todo. Mas o consumidor brasileiro tem sido cauteloso. Acesso ao crédito, compra de bens duráveis e perspectivas profissionais são vistos com pessimismo. Nos últimos meses houve inflação mais alta puxada por alimentos e preço de combustíveis. Ou seja, é impossível que isso não afete a renda e o orçamento das famílias. Assim sendo, as pessoas estão com limites de gastos mais apertados e tendem a repensar o consumo familiar.
Mesmo assim, segundo economistas, o varejo tem tido um desempenho melhor do que a indústria, uma vez que o consumidor final continua comprando no dia a dia. Isso explica porque o comércio está crescendo 4% no acumulado em 12 meses.
O efeito Previdência
Nenhuma previsão de cenário das vendas na reta final do ano estaria completa sem considerações sobre política. A reforma da Previdência foi aprovada na Câmara dos Deputados. Mas fica claro também que sua eventual aprovação no Senado não resolverá todos os problemas do país como num passe de mágica.
O Brasil continuará tendo um déficit previdenciário. Sendo assim, a reforma da Previdência 9terá efeitos na nossa economia, mas nada imediato.
E as outras reformas?
Mesmo que a inadiável reforma da Previdência seja feita da melhor forma possível, ainda temos que encarar a reforma tributária e a administrativa.
Economistas são quase unanimes ao afirmar que nosso sistema tributário fomenta ineficiência na economia do país. Já a reforma administrativa do governo é imprescindível para que aja equilíbrio orçamentário do Brasil.
Isso porque uma “máquina” inchada como a nossa paga salários muito mais altos que os da iniciativa privada. O resultado é uma sobrecarga do contribuinte.
Vendas na reta final do ano
Se quiserem vender apesar do cenário, lojistas terão que adotar posturas mais proativas. Isto é, é preciso conhecer o cliente e identificar seus interesses. E é claro que alterações nas vitrines são sempre bem-vindas. Caprichar no visual é uma boa forma de atrair clientes para dentro das lojas. Assim, com criatividade e uma boa dose de otimismo, será possível superar os desafios impostas pelo cenário descrito anteriormente.
E você, acredita nas vendas na reta final do ano? Deixe abaixo seu comentário.
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