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Cadê o funcionário que estava aqui?

Será que temos algo a comemorar no dia de hoje?

por Rodrigo Campelo
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Cadê o funcionário que estava aqui?

Cadê o funcionário que estava aqui? Esse talvez seja um dos problemas crônicos que estamos vivendo atualmente. Estamos num período em que o funcionário está presente, mas sem ação. Sem atitude! Muitos empresários estão precisando trocar a equipe e vivendo um eterno questionamento: Por que não consigo montar uma boa equipe para manter o meu negócio? Para isso trouxemos algumas informações para te provocar a pensar se é o momento para comemorar ou para repensar como agir de agora em diante.

Esse tempo que estamos vivendo tem ficado muito evidente que a uma boa parte dos funcionários vivem no modelo de ação passiva, aquela que não se corre atrás de nada, que espera o cliente vir. E quando vem, não atende direito e perde a oportunidade de incrementar vendas.

A falta de interesse pelo trabalho parece uma doença crônica.

Empresas de grande porte tem um déficit imenso, mas não estão sozinhos nessa. As pequenas empresas estão com um problema que pode impactar em todo negócio: uma grande parte dos trabalhadores, não querem trabalhar.

Casos reais

Essa semana alguns lojistas de setores diferentes vieram conversar comigo e para a minha surpresa apresentaram os mesmos problemas: A falta de participação e engajamento dos funcionários e a grande dificuldade de formar uma boa equipe.

A resposta ao atual momento se tornou uma preocupação. A solução mais prática que eles apresentaram é se não conseguem jogar com as regras do jogo atual, melhor sair desse modelo.

Uma das pessoas com quem conversou e relatou o problema é proprietário de uma loja no setor de beleza e saúde. No ramo de franquias, na área da Saúde, Beleza e Bem-estar, faturou-se aproximadamente R$ 34,2 bilhões, colocando o Brasil como o quarto maior mercado de estética e beleza do mundo.

Mesmo com números tão interessantes, disse que vai repassar o negócio que completou 14 meses. Um dos pontos importantes para essa decisão é a necessidade de ficar trocando a secretária. Não encontrou ainda o perfil adequado para ser a vitrine da operação.

A unidade tem cadastrado mais de 2.400 clientes, mesmo assim tem ficado estagnado nas vendas. A secretária que está no trabalho atualmente alega que recebe muitos nãos e que não precisa passar por isso. É a 4ª funcionária neste cargo desde o ano passado.

Não para por ai. Numa sorveteria de marca franqueada o problema é o mesmo. A proprietária vai trocar pela 2ª vez neste ano a funcionária que cuida do caixa. Na visão dela “Falta habilidade para tratar o cliente e a capacidade de observar e vender mais. Demonstrar que existem outros produtos que podem complementar o pedido do cliente”, reforça a franqueada.

Essa falta de cuidado está impactando no resultado da empresa de forma negativa.

Quer mais exemplo, claro que tenho.

O dono de 3 lojas de supermercado de bairro disse que tem 80 vagas em aberto e que não consegue preenche-las. E sabe por que?  As pessoas que chegam para trabalhar já tem uma programação em suas cabeças. Ficar o tempo para ter garantia de recebimento dos auxílios governamentais. Elas não querem trabalhar.

De acordo com ele os funcionários que começam muitas vezes depois de um tempo começam a agir para serem mandados embora e que em alguns casos, os próprios funcionários pedem para serem mandados embora “para não perder o seu direito”, o que na verdade estão dizendo é que querem ter o direito de receber os 40% de FGTS indenizado que normalmente é pago quando o cliente é desligado pela empresa.

O que isso significa no mundo dos negócios?

Muitos operadores, lojistas e franqueados estão querendo repassar as operações porque não consegue manter uma equipe equilibrada.

Cadê o funcionário que estava aqui?
Aumento da intenção de repasse – Empresários estão fazendo contas para não ter mais negócios.

A turma de profissionais que está no mercado tem dito aos 4 ventos que é melhor ficar em casa sendo suportado por seus pais, ou ganhar algum tipo de bolsa de apoio do que trabalhar. Acredite. Isso está fazendo com que as vendas caiam, está fazendo uma parte do mercado frear.

Mais do que isso, tem feito diversos empresários pensar se devem continuar no negócio ou não.

Setores diferentes, problemas iguais.

A falta de atenção para incrementar vendas dentro do próprio negócio não é um problema novo. Sempre foi assim. Vendedores sempre precisaram ser treinados para ajudar no incremento de vendas.

Comprou uma bola só de sorvete, oferece outra antes do cliente pesar. Pergunte a ele se viu que tem algumas balas e doces que podem fazer o sorvete dele ficar ainda mais gostoso. Esse pequeno gesto pode parecer bobo, mas faz a verdadeira diferença no final do mês.

Se estiver numa loja de roupas não é diferente. A blusa que você comprou é muito bonita, mas dá uma olhada nessa calça, nessa carteira. É oferecendo algo diferente que você pode ter a chance de incrementar algo numa venda.

Agora o mais preocupante para mim é a falta de interesse dos funcionários na rotina do dia a dia. Essa geração tem a certeza de que terá algum benefício e poderá ficar em casa por algum tempo, a toa para mostrar uma vida virtual que não é a realidade da maioria dos brasileiros.

A taxa média de desemprego no Brasil subiu a 8,8% no primeiro trimestre do ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A economia está esquisita e para vê-la trazendo números diferentes é preciso mudar.

Meu recado hoje vai para quem quer trabalhar ou está trabalhando no varejo

Cadê o funcionário que estava aqui?

O mercado está estranho. A economia está esquisita, mas existem vagas. Pegue uma vaga para valer. Aprenda bem o que tem que fazer naquela função.

  1. Siga regras e não espere que esse trabalho seja a ponte para ficar em casa vendo as coisas nas redes sociais. 
  2. Não espere para descobrir o que o governo pode fazer por você. Descubra o que você pode fazer para não precisar de nada do governo.
  3. Entre de cabeça no emprego. Faça o seu melhor. Tenha atenção e busque melhorar todos os dias com aquilo que aprendeu.

Devemos comemorar o dia 1 de maio?

Não vejo motivos para comemoração. Está ruim para empreendedores e para empregados também. Vejo motivos para atenção e cuidado.

  • A inflação bate a porta de todos. O salário, mesmo sendo aumentado, não te dará mais o poder de compra do mês passado. A chegada desse convidado não querido, atrapalha da indústria ao varejo. Impacta a todos.
  • Crises Econômicas – A sucessão de crises econômicas vividas desde 2014, o Brasil enfrenta uma situação que veio ao longo dos anos aumentando o desemprego. De lá para cá, surgiram temas como pandemia e poder de compra do Com a recessão, as empresas tiveram que aumentar os cortes de gastos, reduzir custos e demitir trabalhadores.
  • Empresas com muitas dívidas – A alta taxa de alavancagem, ou seja muitas empresas com dívidas que eram a médio e longo prazo, passaram a ser de curto e médio prazo. Esse fator também contribui para a elevação do desemprego. O processo de desalavancagem está ligada ao aumento dos juros e dos custos para a tomada de crédito, o que torna difícil para as empresas investirem e gerar empregos.
  • A precária política de emprego: o governo tem adotado medidas econômicas insuficientes para estimular o emprego, o que tem contribuído para o aumento do desemprego.
  • O desequilíbrio entre oferta e demanda: devido à crise econômica, a oferta de empregos também diminuiu, enquanto que a demanda por trabalhadores permaneceu alta. Isso tem contribuído para o aumento do desemprego.

Se o que está sendo projetado hoje acontecer, todos seremos castigados. O consumo também diminuirá e as empresas serão afetadas, vendendo cada vez menos. As dívidas começam a aparecer, pois as empresas alavancadas perdem a capacidade de pagamento o que gera demissões e rapidamente o número do índice de desemprego aumenta.

É hora de mudar o ponteiro e pensar que para manter seu emprego é preciso fazer mais pela empresa que trabalha.

O que fazer para mudar então?

Aumentar o investimento em educação para melhorar as habilidades dos trabalhadores e aumentar a produtividade, estimular o empreendedorismo e a criação de novos negócios. Aumentar os investimentos em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico e aumentar a oferta de empréstimos e financiamento para pequenas e médias empresas.

Simplificar o processo de abertura e fechamento de empresas, estimular programas de treinamento e desenvolvimento de competências para os trabalhadores, utilizando parceiros privados e o próprio programa S, que nos últimos tempos tem se esforçado para acompanhar essa mudança de comportamento de consumo, criar políticas de incentivo à contratação de trabalhadores desempregados.

Estimular o desenvolvimento de novos setores econômicos, estimular a criação de empregos em áreas com baixa taxa de desemprego e por fim estimular o turismo e o turismo interno.

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