Você já reparou como as pequenas lojas nos corredores dos shoppings estão sumindo? Pois é: as chamadas lojas satélites já representam apenas 56,7% do mix de lojas — uma queda de cerca de 3 pontos percentuais em 2024, segundo dados da Abrasce. Elas cedem espaço para segmentos como alimentação, serviços e atividades de lazer, que continuam crescendo.
O que são e por que estão encolhendo
As lojas satélites são pequenos estabelecimentos de moda, acessórios, presentes e similares, fundamentais para dar diversidade ao shopping. Mas, com alugueis que chegam a 20% do faturamento das lojas, a equação está cada vez mais insustentável. Isso pressiona os lojistas e impulsiona migrações para a rua, onde os custos podem ser até 70% menores
Para onde vai esse espaço? Serviços e alimentação dominam
Com a crise econômica, inadimplência acima de 30%, inflação de serviços e retração do crédito, os shoppings buscam fontes de receita mais robustas. O investimento está se voltando para restaurantes fora das praças de alimentação, serviços de bem‑estar, clínicas, academias e entretenimento.
Impactos para lojistas e empreendimentos
Lojistas sentem o peso dos custos altos, e muitos optam por fechar unidades no shopping e investir em lojas de rua ou shoppings mais flexíveis.
Shoppings ganham visitantes focados, que chegam com intenção clara de consumir serviços ou gastronomia — e acabam estendendo o tempo no local, impulsionando vendas
Estratégia de reocupação: áreas antes destinadas à moda satélite estão virando espaços para serviços comunitários, clínicas, entretenimento e alimentação.
Estudos e soluções na mesa
O modelo tradicional de franquias satélites vem sendo repensado por especialistas, que sugerem: renegociação de contratos, redução de equipe, integração com o digital, e expansão
Sem essas mudanças, muitos empreendimentos correm risco de se tornar “passivos estruturais” dos shoppings.
O que vem por aí
O mix continuará se transformando: entre ajustes finos na combinação de moda, serviços, gastronomia e entretenimento.
Aluguéis devem se flexibilizar — quem não explorar cálculos justos corre o risco de ver o mix ficar desequilibrado. Tecnologia e experiência ganham força: à medida que os shoppings buscam atrair consumidores com valor agregado — como eventos, bem-estar e personalização.
A queda das lojas satélites sinaliza uma mudança de paradigma: os shoppings estão migrando de centros de varejo para hubs de conveniência e experiência. Para os lojistas que resistirem, o caminho envolve adaptação — seja reduzindo custos, migrando canais ou apostando em formatos flexíveis. Já para os empreendimentos, o foco está em reagrupar o mix naquilo que o novo consumidor mais valoriza: alimentação, serviços, lazer e tecnologia.
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