Depois de um breve respiro pós-pandemia, o varejo norte-americano voltou a viver dias difíceis. Só em 2024, mais de 7.300 lojas fecharam as portas nos Estados Unidos, marcando o pior ano para o setor desde o impacto inicial da Covid-19, segundo dados da Coresight Research. E o cenário não parece melhorar tão cedo: a previsão é de até 15 mil fechamentos até o fim de 2025.
O que está por trás dessa nova crise? O problema agora não é um vírus, mas sim a economia. Com a inflação em alta e os juros subindo, os custos operacionais das lojas dispararam. Resultado: muitos negócios que conseguiram sobreviver à pandemia estão agora tendo que se reestruturar financeiramente e alguns estão, novamente, fechando suas portas.
Algumas redes que já anunciaram grandes cortes:
- Macy’s: A tradicional rede de departamentos vai fechar 150 lojas até 2026, acelerando o processo em 2025. O motivo? Queda nas vendas e um consumidor da classe média cada vez mais pressionado economicamente e menos presente em lojas físicas.
- Party City: Após dois pedidos de falência, a marca está em liquidação e deve encerrar cerca de 700 lojas em 2025, encerrando suas operações físicas diante da inviabilidade financeira.
- Walgreens e CVS Health: As duas redes de farmácias estão enxugando operações. A Walgreens fechou 333 lojas em 2024 e planeja mais 500 fechamentos em 2025, impulsionada pela ascensão das farmácias digitais e mudança no consumo.
- Family Dollar: Encerrou 718 lojas em 2024, afetada pela retração do consumo em áreas rurais e pela concorrência com redes de baixo custo mais eficientes.
O impacto tem sido visível nos últimos anos. Em 2020, no auge da pandemia, foram 9.700 fechamentos. Em 2021 e 2022, a situação parecia melhorar, com queda no número de lojas encerradas. Mas a maré virou em 2023, quando os fechamentos saltaram para 4.070. Já em 2024, o número quase dobrou: 7.325 lojas encerradas.
A previsão da Coresight Research é sombria: se o ritmo continuar, o varejo americano pode perder até 15 mil lojas até o fim de 2025.
Segundo especialistas, essa nova onda de fechamentos tem várias causas que se somam, como a mudança no comportamento do consumidor, a pandemia acelerou o digital, e muita gente não voltou às lojas físicas e o excesso de lojas físicas, os EUA têm mais espaço de varejo por habitante do que conseguem sustentar. Com menos demanda, as redes precisam se ajustar e isso significa fechar unidades.
O que se vê agora é uma reestruturação profunda do varejo físico nos EUA. O novo cenário exige que as marcas se reinventem — seja apostando em tecnologia, experiências híbridas, ou simplesmente reduzindo o número de lojas para manter a saúde financeira.
Se você curtiu este conteúdo, compartilhe com seus amigos e familiares e ajude-os a tomar decisões mais informadas ao empreender. Criamos um portal recheado de informações valiosas para te apoiar nesse caminho. Não deixe de nos seguir nas redes sociais: estamos no Instagram, no LinkedIn e no Spotify, onde você pode curtir a nossa Playlist do Empreendedor. Compartilhe e acompanhe a Negócio e Franquia!