Em um cenário de crise global de saúde mental, o aumento dos casos de Burnout no Brasil exige uma nova abordagem por parte das empresas. Dados do Ministério da Saúde e de secretarias estaduais de saúde revelam um crescimento alarmante nos afastamentos por transtornos relacionados ao trabalho, com a Síndrome de Burnout (CID-11) entre as principais causas. Em 2023, o Ministério da Saúde publicou um relatório destacando o Burnout como uma das principais causas de afastamento do trabalho no país. No estado de São Paulo, a Secretaria de Saúde registrou um aumento de 40% nas licenças médicas por transtornos relacionados ao trabalho, evidenciando a urgência de uma mudança. E diante de todo esse cenário a gestão humanizada torna-se o antídoto para redução do Burnout.
Diante desse panorama, a engenheira e consultora Denize Navarro, especialista em Gestão de Projetos pela FGV e Black Belt pela Vanzolini-USP, propõe uma reflexão fundamental: não basta focar em processos se as pessoas estão esgotadas. Em sua visão, a verdadeira transformação organizacional acontece quando a escuta ativa e a gestão emocional se tornam centrais na estratégia das empresas. “A escuta ativa revela o que os indicadores não captam: fadiga cognitiva, falta de pertencimento, desalinhamento de informações,” afirma Navarro.
Pequenas práticas, como check-ins regulares e a abertura para um diálogo honesto, podem prevenir o agravamento de problemas e, literalmente, “salvar carreiras e até vidas.”
O que provoca o esgotamento profissional?
O Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é provocado principalmente por uma rotina de trabalho intensa e crônica. Ele não é apenas um cansaço passageiro, mas um esgotamento físico e mental persistente que se desenvolve ao longo do tempo. As principais causas que levam a essa condição incluem:
- Excesso de trabalho e sobrecarga de demanda: Longas jornadas, metas inatingíveis e acúmulo de tarefas esgotam o profissional.
- Falta de reconhecimento: Quando o esforço e a dedicação não são valorizados, o sentimento de frustração pode crescer.
- Ambiente de trabalho tóxico: Conflitos com colegas ou chefia, falta de apoio e um clima de pressão constante contribuem para o estresse crônico.
- Falta de autonomia e controle: A sensação de não ter poder de decisão sobre o próprio trabalho pode gerar impotência e desmotivação.
É importante ressaltar que o Burnout não é uma fraqueza pessoal, mas sim a consequência de um ambiente de trabalho desfavorável.
Pessoas no centro: a base de uma gestão transformadora
A ciência corrobora a importância da abordagem humanizada. Um estudo recente do Boston Consulting Group demonstrou que colaboradores que se sentem ouvidos e incluídos em suas empresas têm 50% menos probabilidade de desenvolver burnout. Para atuar de forma proativa nesse cenário, a Ananda Consultoria, liderada por Denize Navarro, baseia sua atuação em cinco pilares interligados: Liderança, Metodologia, Know-how, Desenvolvimento Emocional e Tecnologia.
Essa estrutura holística é projetada para equilibrar a eficiência operacional com o bem-estar dos colaboradores. A liderança é o ponto de partida, com foco no treinamento de gestores para que se tornem mais empáticos e priorizem a saúde mental das equipes. O desenvolvimento emocional oferece as ferramentas necessárias para que os times cultivem a resiliência. Em conjunto, a metodologia, o know-how e a tecnologia são aplicados para otimizar processos de forma inteligente, evitando a sobrecarga e permitindo que as equipes se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas.
Como gestores e empresários podem agir agora?

Denise Navarro traz pilares importantes na gestão de equipe e no controle do Burnout
Para mitigar o impacto do Burnout, gestores e empresários podem adotar uma abordagem proativa, reconhecendo que a saúde mental é um ativo estratégico para o sucesso do negócio. Denize Navarro e a Ananda Consultoria, que tem em sua carteira de clientes empresas como CVC Corp, Fast Shop, Pearson e Evera by Citrosuco, defendem a importância de ações práticas, como:
- Promover o diálogo aberto: Criar espaços seguros para que os colaboradores possam expressar suas preocupações sem medo de julgamento.
- Ajustar a carga de trabalho: Revisar e redistribuir tarefas de forma equilibrada, utilizando a tecnologia para automatizar processos repetitivos e liberar tempo para atividades de maior valor.
- Fomentar a desconexão: Incentivar o respeito aos horários de trabalho, desencorajando a comunicação constante após o expediente.
- Investir em capacitação: Oferecer treinamentos em inteligência emocional e liderança humanizada para toda a equipe de gestão.
Cuidar das pessoas não é apenas uma questão de empatia, mas uma decisão estratégica com impacto direto nos resultados. Pesquisas mostram que organizações com alto engajamento emocional têm um crescimento de receita até três vezes maior. Para a consultora Denize Navarro, a mensagem é clara: “Cuidar de processos faz a empresa funcionar. Mas cuidar de pessoas faz a empresa prosperar.”
Se você curtiu este conteúdo, compartilhe com seus amigos e familiares e ajude-os a tomar decisões mais informadas ao empreender. Criamos um portal recheado de informações valiosas para te apoiar nesse caminho. Não deixe de nos seguir nas redes sociais: estamos no Instagram, no LinkedIn e no Spotify, onde você pode curtir a nossa Playlist do Empreendedor. Compartilhe e acompanhe a Negócio e Franquia