Durante muito tempo, ir ao shopping foi sinônimo de lazer, status, modernidade. Entretanto, com o fenômeno “shoppings fantasmas” alguns desses espaços parecem cenas de filmes pós-apocalípticos: vazios, silenciosos, tomados pelo mato ou pela decadência.
Este fenômeno é um alerta poderoso sobre como o consumo, o urbanismo e os negócios estão mudando.
O que aconteceu lá fora?
A imagem de corredores cheios, vitrines iluminadas e escadas rolantes já não é mais regra. Pelo contrário: em várias cidades brasileiras, shoppings e galerias estão sendo deixados para trás, seja por má gestão, mudanças de comportamento, ou simplesmente porque o mercado não comporta mais tantos empreendimentos desse tipo.
Nos Estados Unidos, esse colapso dos centros comerciais virou o retrato de um empreendimento que perdeu o fôlego. O Rolling Acres Mall, em Ohio, por exemplo, foi fechado após perder grandes lojas âncoras e sofrer com o aumento da criminalidade. Em Dallas, no Texas, o Valley View Center foi de polo de consumo a cidade fantasma, após a falência de importantes redes varejistas.
Já o Hawthorne Plaza, em Los Angeles, ficou deserto nos anos 1990 e acabou virando cenário de filmes futuristas como Minority Report, além de videoclipes de artistas como Kendrick Lamar.
Já no Brasil
No Brasil, o movimento é mais discreto, mas segue a mesma lógica. O Shopping Matarazzo, em São Paulo, foi um ícone de luxo que mergulhou no abandono nos anos 90 por conta da crise econômica, mas hoje ressurgiu como o luxuoso complexo Cidade Matarazzo. Já o Shopping Itaguari, em Ribeirão Preto, nunca chegou a funcionar de verdade, um projeto enorme que morreu ainda na planta por falta de investidores.
No centro de São Paulo, espaços emblemáticos como a Galeria 24 de Maio e a Galeria Pajé, que já foram pontos fervilhantes do comércio popular, hoje enfrentam esvaziamento e perda de relevância.
E a lista vai além. Mini shoppings, galerias populares e outros centros comerciais estão desaparecendo em silêncio, ocupando espaços sem vida. Um espelho duro do que acontece quando o consumo muda mais rápido do que a gestão acompanha.
Por que tantos shoppings estão morrendo?
Aqui vão algumas causas que explicam essa decadência:
- E-commerce dominando o jogo: quem precisa ir até o shopping quando o celular entrega tudo?
- Falta de modernização: muitos centros ficaram parados no tempo, sem se adaptar ao novo consumidor.
- Crises econômicas e má gestão: recessões locais, falta de planejamento e visão de curto prazo.
- Oferta maior que a demanda: algumas cidades simplesmente têm mais shoppings do que precisam.
A grande lição aqui é clara: o que hoje parece um marco de sucesso, amanhã pode virar um fracasso. Os shoppings abandonados nos ensinam que investir sem entender o comportamento humano, a tecnologia e a cidade é um erro que custa caro.
Esses espaços vazios nos fazem perguntar: você está construindo o seu negócio visando o futuro ou só pensando no lucro do próximo trimestre? A resposta pode estar no silêncio das escadas rolantes desligadas.
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