O Homem-Aranha é um dos heróis mais queridos da cultura pop, mas sua história fora das telas também é cheia de altos e baixos. Nos anos 90, em meio a uma crise financeira, a Marvel vendeu os direitos do personagem para a Sony. A decisão deu origem a grandes filmes, mas também a alguns tropeços. Mais tarde, com o sucesso da Marvel Studios, os fãs clamaram pelo retorno do herói ao universo original. Esse cenário é uma aula sobre gestão de parcerias.
O que as grandes marcas do cinema estão fazendo nos dias atuais são verdadeiras lições para o mundo dos negócios. Parcerias, falta de habilidade, perda de padronização e falta de estratégias para lançamento de produtos secundários bem como produtos exclusivos.
Um pouco sobre visão da Sony
A Sony, ao insistir no controle total, deixou de ouvir o mercado em vários momentos. Mesmo com o sucesso de Aranhaverso, perdeu a chance de criar um ecossistema ainda mais valioso, como a Marvel fez com os Vingadores. O exemplo mais claro foi a parceria temporária que permitiu ao Homem-Aranha aparecer no universo Marvel.
O público adorou, as bilheterias dispararam, e o herói se tornou mais relevante do que nunca. Mas, ao hesitar em renovar acordos, a Sony mostrou que o controle absoluto nem sempre é a melhor estratégia.
A visão da Marvel
A estratégia da Marvel com relação ao Homem-Aranha é clara: criar parcerias estratégicas para ampliar o universo cinematográfico, aproveitando o apelo do herói para atrair público e gerar mais valor para sua marca. Mesmo sem os direitos totais do personagem, a Marvel conseguiu inserir o Homem-Aranha em seu Universo Cinematográfico (MCU) por meio de acordos temporários com a Sony.
Como isso funcionou na prática?
- Acordos compartilhados: A Marvel negocia o uso do personagem em filmes do MCU, enquanto a Sony mantém os direitos de produção dos filmes solos do Homem-Aranha, como Homem-Aranha: Longe de Casa e Sem Volta para Casa. Assim, ambas lucram: a Marvel fortalece seu universo, e a Sony aproveita o hype gerado pelo MCU.
- Sinergia de marcas: A Marvel insere o Homem-Aranha em narrativas maiores, como nos filmes dos Vingadores, potencializando sua relevância e garantindo bilheterias recordes. Isso aumenta o valor do personagem para a Sony, mas também reforça a Marvel como criadora de grandes histórias.
- Manutenção do controle criativo: Mesmo sem os direitos totais, a Marvel tem influência criativa sobre o personagem quando ele aparece no MCU. Isso garante que o Homem-Aranha esteja alinhado ao tom e à qualidade dos outros heróis do universo Marvel.
Por que essa estratégia funciona?
A Marvel sabe que o Homem-Aranha é um dos heróis mais populares e lucrativos da cultura pop. Ao usá-lo como um elemento-chave dentro do MCU, a Marvel não só atende aos fãs, mas também impulsiona a relevância de outros personagens conectados a ele, como o Homem de Ferro e Doutor Estranho. Além disso, a parceria com a Sony permite que ambas as empresas lucrem sem a necessidade de um confronto direto pelos direitos.
No mundo dos negócios, isso é como comparar empreendedores independentes e franqueados:
O empreendedor tradicional quer e tem que fazer tudo sozinho, acredita que conhece seu negócio melhor do que ninguém, mas muitas vezes perde oportunidades porque não confia em parcerias.
Já o empreendedor de franquias entende que o sucesso vem de um modelo testado e de uma rede de suporte. Nesse caso, o franqueador é como a Marvel: cria estratégias e dá suporte para que os franqueados (como o Homem-Aranha) levem a marca ao sucesso em novos territórios.
Se a Sony decidir ceder o Homem-Aranha de volta à Marvel, ela pode transformar uma parceria em algo ainda maior, criando mais valor para ambas as partes. Da mesma forma, empreendedores que sabem abrir mão de um pouco do controle e alinhar sua estratégia a um modelo consolidado têm mais chances de crescer com segurança.
E você, no seu negócio, vai ser como a Sony, tentando controlar tudo sozinha, ou como a Marvel, que aposta em alianças para expandir seu universo?
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