Sempre disse que o brasileiro não sabe comprar serviço, mas sabe comprar produtos. Entretanto, muitas pessoas não sabem como precificar seus produtos. Para ajudar trouxemos 5 regras para precificar seu produto, afinal de contas muitas pessoas pensam que é a parte mais fácil e talvez isso seja o maior engano. De acordo com o SEBRAE, a falta de planejamento é um dos principais fatores de fechamento das empresas e o cuidado na hora de precificar seu produto é um dos elementos que são importantes diferenciais competitivos do seu negócio.
Para facilitar o entendimento vamos exemplificar o preço de sanduiche a R$ 30,00. Muitos pensam que nesta conta entram apenas Pão, maionese, carne, salada, queijo. Entretanto não é só assim que se compõe esse preço. Além do pão, maionese, carne, salada, queijo existem as conta de água, conta de luz, tributos referente ao faturamento, dedetização, equipe de funcionários, aluguel, condomínio, royaltie, fundo de propaganda, material de limpeza, material descartável, impostos sob a folha de pagamento, contador, EPI´s para funcionários, IPTU, internet, taxa de Coleta de lixo, sistema operacional, renovatória da taxa de inspeção sanitária anual, engenheira de alimentos e ou nutricionista, taxa de delivery (aproximadamente 27,5% de cada venda), taxa meios de pagamento (crédito ou débito), exames médicos anuais dos funcionários, manutenção e limpeza dos equipamentos. Tudo isso impacta no preço do sanduiche que você compra.
Temos 5 regras para ajudá-lo a precificar seus produtos
Calcule o custo por unidade
O custo de produção unitário é o valor total gasto para a fabricação daquele produto. Quanto você gastou para produzir ou para comprar cada unidade desse produto? Esse é o primeiro passo para acertar na precificação.
Contabilize as despesas
Conheça as despesas da sua empresa. Descubra e separe o que são gastos fixos dos gastos variáveis.
- Custos variáveis: são esporádicos e dependem do volume de venda. Exemplo: gastos com emissão de um boleto, comissão, etc.
- Custos fixos: devem ser pagos, não importando o valor do seu faturamento. Exemplo: folha de pagamento, energia, aluguel, entre outros.
Lembre-se que as despesas com os produtos serão pagos com o faturamento, para isso é preciso diluir os custos e existem 2 formas para se fazer isso.
- Diluir os custos fixos no mix de produtos: dessa forma, você atribui porcentagens de contribuição diferentes a cada um deles. Isso possibilita o cálculo de uma estimativa de quantos produtos de cada tipo precisam ser vendidos para pagar a operação da sua empresa — o que sobrar é lucro líquido.
- Estimar um preço final que resulte em uma margem de contribuição: retirando o valor das despesas fixas e variáveis, o restante é o lucro líquido.
Respeite a margem
Ao definir uma margem para que seu negócio avance deverá respeitá-la. Caso você tenha definido um ganho de 30% sobre o custo de cada item, fique atento se o plano de negócios segue a mesma linha na hora de precificar. Se um item dá prejuízo, não adianta mantê-lo no estoque, ou produzi-lo. Meu avô costumada dizer que o seu lucro está na compra. Então Compre bem, mas venda melhor.
Entenda e conheça o markup e a margem de lucro para definir o preço final do produto
Conheça os conceitos que vão te acompanhar por toda vida empresarial. Com eles poderá ter mais controle e conhecimento na hora de precificar seu produto.
- Margem de lucro: é a porcentagem que volta para o caixa quando todos os custos são pagos. Calcula-se subtraindo os custos do preço final do produto.
- Markup: é o percentual aplicado aos produtos, ou seja, o lucro desejado.
Estude o mercado
Conheça o mercado que pretende entrar. Descubra o preço que estão sendo praticados e refaça suas contas. Veja insumos, embalagens, conheça o que seu concorrente está fazendo e o preço que está sendo praticado no ponto de venda. Verifique como serão as entregas, esse custo pode espremer ainda mais seus números. Estude e faças as contas. Verifique se a sua produção deve ou pode ser alterada para melhorar seus resultados.
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