Os cabos e fios irregulares são responsáveis por cerca de 40% dos incêndios urbanos no Brasil, segundo alerta do Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo). Um problema que pode afetar de pequeno a grande negócios. A situação tem trazido uma discussão e levou o Sindcel com mais de 40 anos de atuação, a se posicionar na linha de frente das iniciativas para combater a comercialização de cabos fora das normas e garantir a segurança das instalações elétricas.
Incêndio no Bras no último dia 30 de outubro
Foto divulgação Defesa Civil SP
Um exemplo é o incêndio que aconteceu no shopping do Bras na 25 de março. Ainda não se sabe se foi plano eletrica com a questão da fiação. Você pode ver as matérias que foram feitas pela Band, SBT, TV Record e tantas outras emissoras.
Causas da Comercialização de Cabos Irregulares
A principal causa da comercialização de cabos e fios irregulares é a fabricação e venda de cabos falsificados e fora das normas. Os cabos normais são feitos de cobre, e 85% de sua composição deve ser cobre. No entanto, muitas marcas apresentam cabos fora de norma, que possuem o selo do Inmetro, mas que têm sua composição alterada após a certificação. Atualmente, existem 156 marcas no mercado, mas apenas 40 cumprem a regulamentação.
Para o Presidente do Sindcel o principal fator é tanto o cabo falsificado quanto fora de norma. “O cabo normal é de cobre, e 85% do cabo é cobre. A diminuição do uso de cobre em cabos fora de norma é um problema significativo. Estamos agindo em cinco áreas: fábricas, varejo, marketplaces, construtoras, com apoio do IPEM e do Inmetro. Os cabos fora de norma têm o selo do Inmetro, mas sua composição é alterada posteriormente. Existem 156 marcas no mercado, mas apenas 40 cumprem a regulamentação.”
Consequências Econômicas e de Segurança
A utilização de cabos fora das normas pode ter consequências graves, tanto econômicas quanto de segurança. Para descobrir se um cabo é irregular, utiliza-se o Micro-omímetro, que mede a resistência elétrica do cabo. Quanto maior a resistência, maior a temperatura do cabo, o que aumenta o risco de incêndio.
As consequências econômicas e de segurança para os consumidores que utilizam cabos e fios fora das normas podem trazer graves problemas. Enio Rodrigues explicou que a resistência elétrica medida pelo Micro-omímetro é fundamental. “Quanto maior a resistência, maior a temperatura do cabo, aumentando o risco de incêndio. Para evitar problemas, o ideal seria realizar testes no início de reformas. O sindicato disponibiliza o site qualifio.org.br que oferece informações sobre marcas testadas, com dados de 26 fabricantes em todo o país”. reforça o Guimarães.
Ações de Conscientização
Para conscientizar a população e empresários sobre os riscos dos produtos irregulares, a entidade vem realizando ações de divulgação com informativos e inspeções em condomínios, ajudando moradores e proprietários a tomar decisões mais assertivas quando problemas são encontrados. O objetivo é fazer com que o consumidor final busque soluções seguras com construtoras e fabricantes. E que empresários saibam que o risco pode estar sob suas cabeças dentro das lojas e pontos de venda.
Para Rodrigues, a entidade está trabalhando para conscientizar a população sobre esses riscos. “Estamos difundindo informações sobre produtos errados e realizando ações com moradores e proprietários para divulgar informativos e realizar inspeções. Queremos que o consumidor final busque soluções seguras com construtoras e fabricantes. Recentemente, descobrimos que a maior construtora de prédios do Brasil tinha muitos pedidos de cabos fora de conformidade em uma fábrica fechada em SP.”
Um risco para empresas e para as pessoas
Um incêndio pode resultar no fechamento de uma loja por vários meses e isso pode ter impactos profundos e abrangentes, que vão muito além dos muros da empresa atingida. Esses efeitos se estendem ao mercado local, influenciam a economia da cidade, impactam o estado e até mesmo podem reverberar nacionalmente em algumas situações.
Quando uma loja fecha por incêndio, o mercado local sofre imediatamente. A comunidade ao redor perde um ponto de venda que pode ser essencial, especialmente se a loja oferece produtos e serviços essenciais ou é o único do seu tipo na área.
A perda de conveniência para os consumidores faz com que eles busquem alternativas, muitas vezes fora do bairro ou da cidade, ou que afetem diretamente o comércio local. Além disso, os funcionários da loja ficam temporariamente sem trabalho, o que diminui o poder de compra da população local, criando um efeito dominador no comércio de menor escala, como restaurantes, farmácias.
Os impactos para a cidade
A cidade também sente repercussões de um incêndio em uma loja, especialmente se o estabelecimento de grande porte ou parte de uma rede. O comércio contribui para a arrecadação de impostos municipais, e seu fechamento, mesmo que temporariamente, pode impactar as normas dos cofres públicos.
Além disso, dependendo da extensão dos danos, a manutenção e os reparos podem levar tempo e exigir altos investimentos. Esse período sem operação significa menos vendas e, consequentemente, menos receita tributária para o município, afetando o orçamento destinado a melhorias e serviços públicos. Em muitos casos, o fechamento também pode encorajar novos empreendedores a investir na área, reduzindo o dinamismo e
Efeito em Cascata
o efeito em cascata acontece quando um estabelecimento fecha suas portas por causa de um incendio. Além de toda situação gerada na cidade e no comercio local, é preciso lembrar que existe toda uma cadeia de fornecedores e distribuidores, especialmente se uma loja estiver inserida em um setor de grande importância econômica, como o de suprimentos, o de fornecimento ou o de eletrodomésticos.
A interrupção do fluxo de mercadorias pode resultar em perda de receitas para os fornecedores, ou que por sua vez pode gerar um efeito cascata, afetando a arrecadação de impostos no âmbito estadual. Além disso, os estados geralmente têm incentivos fiscais para atrair e manter empresas operando em seu território, e o fechamento pode representar uma perda de competitividade na atração de investimento
Para Rodrigo Campelo Coordenador de Especialização da PUC Minas, “O fechamento de uma loja devido a um incêndio pode ter consequências graves não apenas para o estabelecimento afetado, mas também para o mercado local, lojas vizinhas e a comunidade como um todo. A Perda Financeira faz com que o estabelecimento sofre perda imediata de receita devido à interrupção das vendas e custos relacionados à recuperação e destruição., reforça Campêlo.
Tendências para o Mercado de Condutores Elétricos
Com a queda no consumo de condutores de alumínio e o aumento na produção de condutores de cobre, o Sindicel prevê um mercado cada vez mais regulado e seguro. A entidade continua a oferecer suporte técnico, jurídico e institucional às empresas associadas, garantindo um mercado de alta qualidade.
Quando perguntado sobre as tendências previstas para o mercado de condutores elétricos nos próximos anos. O presidente do Sindicel destacou que, com a queda no consumo de condutores de alumínio e o aumento na produção de condutores de cobre, eles preveem um mercado cada vez mais regulado e seguro.
Desafios Econômicos e Regulatórios no Setor de Cobre
O Anuário Estatístico Sindicel 2024 destaca desafios e dados relevantes sobre a economia brasileira relacionados ao setor de cobre. A construção civil tem apresentado uma boa performance, com um crescimento de 5% ao ano. No entanto, há mais de 600 notificações de produtos fora de conformidade em licitações públicas, e a CGU também foi notificada.
Conexões com Decoração e Arquitetura
Projetos de arquitetura e de decoração focados em segurança e qualidade nas instalações elétricas podem se tornam mais atraentes para empresários e consumidores quando ressaltam a importância de materiais normatizados.
Um ambiente que é seguro, eficiente e esteticamente agradável agrega valor e minimiza riscos, elevando a importância de um projeto de infraestrutura que esteja de acordo com as normas. Por isso é importante que tanto arquitetos quanto seus clientes saibam da real importância de investir em projetos e se comprometam com produtos de qualidade e dentro dos padrões de segurança e que sejam regulamentados.
Esse desejo tem feito cada vez mais que a indústria de condutores elétricos e metais não-ferrosos esteja cada vez mais conectada com os setores de decoração e arquitetura.
E para fortaleceer ainda mais esse vinculo muitos encontros com decoradores de renome nacional e arquitetos tem sido feito para dar notoriedade ao assunto e cada vez mais informar o público de forma clara, objetiva e direta.
O que é certo é que a colaboração entre essas indústrias e profissionais pode promover segurança e inovação nos projetos arquitetônicos.
Desafios Econômicos e Regulatórios no Setor de Cobre
O Anuário Estatístico Sindicel 2024 destaca desafios e dados relevantes sobre a economia brasileira relacionados ao setor de cobre. A construção civil tem apresentado uma boa performance, com um crescimento de 5% ao ano. No entanto, há mais de 600 notificações de produtos fora de conformidade em licitações públicas, e a CGU também foi notificada.
Para Rodrigues “o setor de construção civil apresenta um crescimento de 5% ao ano. No entanto, há mais de 600 notificações de produtos fora de conformidade em licitações públicas, e a CGU também foi notificada. O monitoramento de marketplaces revelou mais de 8 mil anúncios fora de conformidade no principal plataforma em operação no pais. De acordo com ela, os anúncios sõ podem ser retirados mediante a ordem judicial, o que evidencia a necessidade de ações mais rigorosas.”, ressalta o Presidente.
Um trabalho institucional tem sido feito com a CGU – Controladoria Geral da União. Ela pode desempenhar um papel crucial ao apoiar o Sindicel na regularização de produtos elétricos fora de conformidade, bem como ajudar a fiscalizar e monitorar a aplicação das normas e regulamentos, garantindo que as empresas cumpram com as exigências legais.
Além disso, a CGU pode colaborar com o Sindicel para identificar e processar empresas que vendem produtos irregulares, promovendo ações de fiscalização e aplicação de multas. Essa parceria pode fortalecer a vigilância e a aplicação das normas, contribuindo para um mercado mais seguro e regulado.
O que se pode perceber é a falta de informação tanto no setor empresarial quanto nas famílias. É importante observar que um número percentual tão alto de incêndios urbanos é necessário intensificar discussões sobre segurança, normas de estabelecimentos comerciais e até sobre políticas de seguro, influenciando possíveis alterações na legislação. É fundamental que empresas e associações pressionem o governo por novas normas de segurança, o que pode alterar a forma como vem acontecendo a comercialização de produtos e assim trazer para os negócios mais segurança elétrica.
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