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Ética e regras claras como padrão

por Central Press
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Selma Azevedo*

Combater práticas irregulares e fortalecer a construção de um ambiente ético e socialmente responsável é preocupação cada vez mais presente em empresas e instituições. As organizações percebem, a cada dia, a importância de implantar programas para minimizar os riscos de exposições negativas que comprometam resultados e sua reputação.  Políticas de compliance são uma espécie de guia norteador que mostram como colaboradores devem agir e trabalhar. Elas contribuem de maneira significativa para a gestão das instituições. Uma área específica da empresa fica responsável por analisar de forma meticulosa todos os riscos operacionais, zelar pela manutenção e cumprimento dos controles internos e trabalhar no desenvolvimento de projetos de melhoria contínua. Dessa forma, quando protocolos internos são quebrados, fica mais fácil identificar os responsáveis, pois a conscientização dos colaboradores sobre a importância de tal passo para toda a empresa provoca impactos positivos na cultura organizacional.

Programas de compliance podem ser implantados em empresas de qualquer porte ou natureza, sem precisar, necessariamente, manter negócios ou relações com o setor público. O foco do compliance vai muito além das negociações governamentais. Está relacionado à criação, divulgação e manutenção de políticas para as mais diversas áreas da empresa, tais como marketing, comercial, gestão de pessoas e relacionamento com fornecedores. O que o compliance prioriza é tudo aquilo que temos o dever moral de priorizar, mas, que no cotidiano das complexas relações negociais, com frequência, necessita de regras claras para o direcionamento das ações de acordo com as boas práticas. Nesse processo, o apoio de profissionais especializados é fundamental.

A Lei Anticorrupção, aprovada no Brasil em 2013, e o cenário atual, em que grandes companhias estão sendo investigadas e julgadas pela opinião pública no mundo todo, tornam o momento propício para darmos ainda mais luz ao tema. A sociedade está cada vez mais atenta, participativa e exigente. Consumidores fazem questão de pesquisar quais os valores cultivados por empresas e marcas com as quais eles se relacionam. Investir em compliance traz benefícios que tornam-se visíveis, melhorando a imagem da organização e criando um diferencial competitivo para quem o adota.

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Com um número cada vez maior de pessoas dispostas a fazer a sua parte, empresas de todos os segmentos também devem colaborar no combate à corrupção e práticas nocivas à coletividade. Inclui-se aí as escolas, que estão intimamente integradas à comunidade e têm a importante missão de contribuir diretamente na formação de cidadãos. Essas instituições estão sujeitas a uma série de normas e regulamentos, e expostas a riscos diários que precisam ser mitigados com políticas de atendimento, de uso de redes sociais, de gestão da informação, entre outras. A mentalidade de boa parte da população está mudando e as instituições de ensino podem, por meio das futuras gerações, ajudar a tornar definitiva essa nova cultura. O exemplo, como sempre, é o melhor caminho, e se queremos que o “jeitinho brasileiro” acabe, ainda há muito por fazer. Não podemos nos omitir e nem perder tempo.

*Selma Azevedo, gerente Jurídica e de Compliance do Grupo Positivo. 

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