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Especialista fala sobre Supply Chain em meio à pandemia e guerra na Europa

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24/3/2022 – O momento pede a adoção de medidas estratégicas para alcançar soluções viáveis de ‘supply chain’

Em resposta à guerra na Europa, empresas brasileiras filiadas à Abol (Associação Brasileira dos Operadores Logísticos), com atuação internacional interromperam as operações na Ucrânia e países vizinhos. Com a pausa nas movimentações de comércio exterior, foram observadas reduções no volume de produtos exportados para a Rússia, como amendoim (de até -25% em alguns dias) e frango (de até -15% em alguns dias).

Em entrevista ao site Mundo Logística, a diretora executiva da Abol, Marcella Cunha, contou que “a entidade monitora as sanções comerciais e econômicas adotadas pelos países à Rússia, assim como o posicionamento oficial do governo brasileiro”. Cunha também disse que as ações causam efeito nos serviços expressos, ligados à movimentação de pacotes, encomendas, correspondências e documentos – o que pode se agravar, à medida em que a guerra perdurar.

Para Felício Valarelli, especialista em economia e desenvolvimento empresarial, uma série de dificuldades se apresenta às empresas em um contexto de guerra na Europa e pandemia de Covid-19 no âmbito do Supply Chain (cadeia de suprimentos, em português). “A combinação de fatores [guerra e pandemia] modificou a vida de pessoas, empresas e governantes em diversos aspectos, sociais e econômicos”.

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Neste momento crítico, prossegue ele, líderes de negócios precisam tomar decisões com rapidez e adotar atitudes imediatas para manter as operações das suas empresas e atender a consumidores, clientes e comunidades, assim como proteger e apoiar seus funcionários.  “As companhias necessitam responder com celeridade e para moldar e executar planos táticos num curto espaço de tempo, reduzindo os riscos à saúde humana em tempos de guerra e protegendo o funcionamento das cadeias de suprimento globais”.

Cadeias de suprimentos sentem efeito da guerra na Europa

Depois de abalarem a economia global durante a pandemia, as cadeias de suprimentos estão criando outro choque, pontua Valarelli. Ele explica que os esforços para interromper o comércio com a Rússia sobrecarregam vastos recursos, como fertilizantes necessários à agricultura, paládio usado na fabricação de automóveis e petróleo.

“A economia mundial volta a enfrentar a perspectiva de estagflação, em que a inflação se acelera rapidamente e o crescimento econômico diminui. A situação força bancos centrais a escolher qual desafio enfrentar, mas resta a notoriedade da dúvida que teme que o desafio escolhido saia do controle”, analisa.

O especialista em economia e desenvolvimento empresarial recorda que as autoridades monetárias optaram por impulsionar a demanda quando veio a recessão por conta da pandemia de Covid-19. “Agora, com a guerra, a inflação já está nos maiores níveis em décadas, forçando as autoridades a focar nos preços descontrolados – mas, talvez alertem para a possibilidade de atuar de forma bem mais lenta do que previsto”.

Diante disso, na visão de Valarelli, a situação tende a se agravar, em um momento em que as dez maiores companhias de transporte de contêineres responsáveis por movimentar cerca de 80% do comércio global pararam de aceitar reservas para cargas russas.

“Portos da Europa e dos Estados Unidos estão recusando navios na Rússia. Algumas empresas já optaram em adotar ‘sanções’ por conta própria, se recusando a comprar commodities do país”, pontua. “Além disso, as maiores montadoras do Japão, seguidas pela Ford, BMW e Volkswagen já saíram do país de Putin e estão alertando para interrupções em suas produções”. 

Situação abre oportunidade para a América Latina

Valarelli destaca que choques de oferta desencadeados pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia criaram oportunidades para os países latino-americanos intervirem e preencherem lacunas importantes de fabricação e fornecimento – o que não deve ser uma tarefa fácil. “A região é relativamente neutra, com poucas questões geopolíticas relevantes. Dada a proximidade de certos países latino-americanos com os EUA, algumas nações podem estar em uma boa condição para aproveitar as oportunidades”.

Para concluir, o especialista destaca que a guerra e a pandemia estão gerando mais incertezas do que certezas para os mercados latino-americanos, pois embora houvesse a expectativa de que os problemas da cadeia de suprimentos global se acalmassem à medida que a crise sanitária amenizasse, a guerra na Ucrânia provocou incertezas relacionadas a frete, custos de importação e disponibilidade de contêineres e remessas.

“O momento pede a adoção de medidas estratégicas para alcançar soluções viáveis de ‘supply chain’. Vale apostar em metodologias mais ágeis, com foco na redução dos custos logísticos por meio da otimização dos fluxos de materiais entre clientes e fornecedores”, finaliza.

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