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Emprego e a disparidade entre os números e a realidade

por Rodrigo Campelo
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Emprego e a disparidade entre os números e a realidade

Nos últimos anos, o mercado de trabalho no Brasil tem apresentado uma série de contradições intrigantes. Embora os indicadores econômicos mostrem uma melhoria no índice de desemprego, relatos de empresários revelam uma realidade bem diferente, onde a dificuldade em preencher vagas se tornou um desafio constante. O que nos leva a crer no emprego e a disparidade entre os números e a realidade.

Recentemente, uma gerente de uma grande rede de farmácias compartilhou uma situação alarmante: sua unidade possui três vagas abertas e não consegue encontrar candidatos interessados, mesmo para a fase de entrevistas. Essa dificuldade não é um caso isolado; segundo ela, todas as lojas da rede em Minas Gerais enfrentam o mesmo problema.  Tem vagas que não conseguem ser completadas.

A maior rede de supermercados de Minas Gerais, o Supermercados BH usou as rádios há pouco tempo para oferecer vagas. A oportunidade de começar a trabalhar e aprender uma profissão, dizia o anúncio.  O Problema não para por ai. Por outro lado, Felipe Goeth, proprietário de uma rede de restaurantes, também relatou problemas graves de retenção de mão de obra. Emprego e a disparidade entre os números e a realidadeEle afirma que está perdendo funcionários diariamente, “pois muitos preferem depender do auxílio reclusão de parentes ao invés de trabalhar. Essa tendência reflete uma escolha complexa entre os benefícios do trabalho formal e a segurança financeira oferecida por auxílios sociais“, ressalta o empresário.

Contudo, os dados oficiais de desemprego não corroboram essas narrativas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil vem diminuindo gradativamente, indicando uma recuperação do mercado de trabalho. No entanto, esse panorama estatístico parece não traduzir a realidade enfrentada por diversas empresas.

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A diferença entre teoria e prática no mercado de trabalho brasileiro revela-se em várias frentes:

  1. Desalinhamento entre Habilidades e Demandas: Muitos candidatos podem não possuir as habilidades específicas que as empresas estão buscando. Isso sugere uma lacuna significativa na formação e capacitação profissional, exacerbando o problema de preenchimento de vagas.
  2. Condições de Trabalho e Salários: Em alguns casos, as condições de trabalho e os salários oferecidos não são atrativos o suficiente para convencer os candidatos a deixarem o auxílio social e se integrarem ao mercado de trabalho formal.
  3. Impacto dos Benefícios Sociais: Os auxílios, como o auxílio reclusão, criam uma rede de segurança que, paradoxalmente, pode desincentivar a busca por emprego formal, especialmente quando os salários oferecidos são baixos e as condições de trabalho são difíceis.
  4. Informalidade: O Brasil tem uma alta taxa de informalidade no trabalho, o que significa que muitos trabalhadores optam por empregos sem registro formal, onde as condições e remunerações podem ser mais favoráveis que as do mercado formal.

Esse cenário complexo exige uma abordagem multifacetada para a resolução. Políticas públicas que melhorem a formação e capacitação profissional são essenciais para alinhar as habilidades dos trabalhadores às necessidades do mercado. Além disso, é crucial revisar as condições de trabalho e os salários e pacote de benefícios oferecidos para torná-los mais competitivos e atrativos.

O resultado disso é a diminuição da margem do negócio. Ao longo tempo isso vem impactando muito o mercado empresarial. As taxas, impostos, reajustes e tantas outras contas que aparecem na rotina do negócio, tem levado cada vez mais o resultado líquido das operações varejistas para baixo.

A discrepância entre os números do desemprego e a realidade das empresas brasileiras ilustra uma verdade incontestável: a economia não se resume a estatísticas. A prática do dia a dia revela desafios profundos que necessitam de soluções práticas e integradas, capazes de equilibrar as expectativas dos empregadores e as necessidades dos trabalhadores. O que se escuta muito no meio empresarial é que as pessoas querem salário e não um emprego. Estamos com um grande problema e que precisa ser visto e analisado.

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