O Assaí Atacadista anunciou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, surpreendendo positivamente o mercado. A rede registrou um lucro líquido de R$ 162 milhões (Pré-IFRS16), crescimento de 74,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento bruto atingiu R$ 20,3 bilhões, e a margem EBITDA foi a maior para um 1º trimestre desde 2021, reforçando a potência da companhia em um cenário ainda marcado por juros altos e pressão sobre o consumo.
A performance no 1T25 foi impulsionada por uma combinação de fatores: o crescimento de 5,5% nas vendas de “mesmas lojas”, a maturação das unidades convertidas de hipermercados e o controle rigoroso de despesas. Além disso, a companhia reduziu sua alavancagem para 3,15x, com geração de caixa livre de R$ 1,6 bilhão nos últimos 12 meses, revertendo um consumo de caixa registrado no ano anterior.
Mas o que isso significa?
Na prática, isso significa que o Assaí está gerando mais com menos.
Mesmo sem abrir novas lojas no trimestre, a rede colheu os frutos das 11 inaugurações realizadas nos últimos 12 meses. A estratégia de priorizar rentabilidade, combinada com inovação no sortimento e ampliação de serviços nas lojas, resultou em um avanço no desempenho financeiro.
O digital ganha espaço
Outro destaque foi o salto no faturamento via canais digitais e parcerias, como o iFood, que registraram aumento de 117% nas vendas. O app Meu Assaí também ganha força, com mais de 14 milhões de usuários e responsável por 42% das vendas identificadas, um reflexo direto da estratégia da empresa.
O CEO da companhia, Belmiro Gomes, celebrou os resultados e destacou o reconhecimento internacional: o Assaí alcançou a 92ª posição no ranking Global Powers of Retailing 2025 da Deloitte, a melhor colocação já registrada por uma empresa brasileira.
Com previsão de abrir 10 lojas ao longo de 2025 e reduzir ainda mais sua alavancagem até o fim do ano, o Assaí segue firme no objetivo de crescer com disciplina financeira. A combinação de eficiência operacional, foco no cliente e evolução digital parece estar rendendo frutos. E, pelo visto, o atacarejo ainda tem muito espaço para avançar no Brasil.
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