Esqueça tudo o que você conhece sobre um shopping tradicional. Em Santiago, no Chile, existe um espaço que virou sinônimo de inovação no varejo: o Mercado Urbano Tobalaba, ou simplesmente MUT. Inaugurado em 2023, o anti-mall reúne mais de 650 mil visitantes por mês e já foi eleito um dos dez melhores projetos das Américas pelo Urban Land Institute.
Em fevereiro, durante o Carnaval, vivi uma experiência diferente no Chile: conheci um não-shopping, ou melhor, um anti-mall. No Mercado Urbano Tobalaba, em Santiago, fui até a loja da Adidas e comprei o tênis do momento, o Samba. Mas a visita foi muito além de uma simples compra: o espaço oferece um novo olhar para o varejo, unindo cultura, sustentabilidade e empreendedorismo em um único ambiente.
Um shopping que não parece shopping
Logo na entrada, o visitante já entende a proposta: um espaço conectado ao metrô, integrado a torres corporativas e com arquitetura pensada para mobilidade e convivência. Nada de corredores iguais ou vitrines repetitivas. No MUT, shows ao ar livre, workshops gastronômicos, exposições e experiências culturais convivem lado a lado com marcas globais como Adidas, Nike, Samsung e Natura — e também com pequenos empreendedores locais.
Espaço para os pequenos negócios
Um dos grandes diferenciais do anti-mall é abrir espaço para artesãos e lojistas independentes. Os módulos de 9 m² funcionam como mini-lojas, com custo mais acessível, estimulando o empreendedorismo e aproximando consumidores de produtos exclusivos.
Sustentabilidade como regra
Outro pilar do projeto é o compromisso ambiental. Toda a energia consumida vem de fontes renováveis, os resíduos orgânicos viram fertilizante e biogás, e a água usada na irrigação é 100% reciclada — uma economia de 7 milhões de litros por ano. O espaço conta ainda com o Bici Hub, uma entrada exclusiva para ciclistas equipada com rampa, estacionamento, chuveiros e até serviços de autorreparo.
O futuro do varejo já começou
Mais do que um centro de compras, o MUT é um ponto de encontro para quem busca experiências diferentes, sustentabilidade e conveniência no mesmo lugar. Ao combinar lazer, consumo consciente e apoio ao pequeno comércio, o anti-mall chileno mostra um caminho que pode inspirar o futuro dos shoppings também no Brasil.
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