O Brasil já apresenta áreas com clima árido, semelhantes ao deserto, na Bahia e em Pernambuco. A informação é do Centro Nacional de Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para chegar a essa conclusão, foram observados dados desde 1960. Como forma de auxiliar em alternativas para reduzir os danos de crises hídricas no futuro, o Biopark Educação, a Fundação Araucária e a Embrapa Aves e Suínos assinaram, nesta quarta-feira (7), um acordo de colaboração para implantação do Laboratório para Análises de Águas e Efluentes.
O acordo tem o objetivo de implantar um espaço de referência no âmbito da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (UMIPI), que funciona no Biopark – Parque Tecnológico instalado em Toledo, no Oeste do Paraná. Para isso, a Fundação Araucária doará R$ 1 milhão para compra de equipamentos, o Biopark Educação entrará com investimento para infraestrutura, mobiliário, bolsas e pesquisadores e a Embrapa com auxílio nos estudos.
“A água é um recurso finito e o seu reuso uma preocupação constante. Mesmo que muitas vezes ela já esteja mais limpa que a dos leitos dos rios, seu reuso ainda não é permitido. Esse laboratório trará respostas importantes sobre esse tema para toda sociedade”, afirma o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi.
“O estudo da água é algo que pode ser utilizado por diversas cadeias e conta com uma parceria importante com a Embrapa a partir da qual competências específicas ao uso e reuso de água serão desenvolvidas”, destaca o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.
“Esse laboratório é com certeza um divisor de águas em problemas analíticos que envolvem toda a sociedade e a água e seus efluentes são uma preocupação constante”, diz o chefe adjunto administrativo da Embrapa Suínos e Aves, Darci Dambrós Junior.
O laboratório será de referência para projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados ao reuso de águas, necessidade mapeada como de alto interesse e importância para empresas e cooperativas da região.