Home Central PressSaúde psicossocial no centro das atenções: especialista orienta empresas sobre exigências da NR-1

Saúde psicossocial no centro das atenções: especialista orienta empresas sobre exigências da NR-1

Nova norma trabalhista obriga que riscos à saúde mental sejam tratados com a mesma seriedade que os físicos e químicos. Especialista alerta que empresas têm até 2026 para se adaptar, mas o momento de agir é agora

por Central Press
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Até pouco tempo, o cuidado com o bem-estar psicológico no ambiente corporativo era visto como um gesto de empatia ou parte de programas voluntários. Agora, torna-se exigência legal. A partir de 2026, organizações de todos os portes e setores terão a responsabilidade de mapear, diagnosticar e intervir em fatores psicossociais — como assédio moral, estresse, sobrecarga e conflitos interpessoais — dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que já contempla aspectos físicos, químicos e ergonômicos.

A mudança ocorre após um crescimento expressivo nos afastamentos por transtornos emocionais. Só em 2024, o número de licenças por ansiedade e depressão aumentou 67% em relação ao ano anterior, totalizando 472,3 mil casos, segundo o INSS. “Estamos falando de uma responsabilidade agora reconhecida legalmente: o cuidado emocional também é uma questão de segurança no trabalho. Não se trata mais de uma ação opcional de bem-estar, mas de algo que precisa ser planejado, monitorado e documentado”, afirma a especialista em gestão de pessoas da Senior Sistemas, Jéssica Ariane Bartosewiz.

Por que a saúde mental virou pauta obrigatória — e estratégica

O reconhecimento da saúde emocional como risco ocupacional foi acelerado pela pandemia e consolidado por dados globais alarmantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 301 milhões de pessoas vivem com transtornos de ansiedade e 280 milhões com depressão em todo o mundo. Somados, esses problemas são responsáveis pela perda de mais de 12 bilhões de dias de trabalho por ano, segundo relatório elaborado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Esses números escancaram o impacto da negligência emocional no cotidiano corporativo — tanto na qualidade de vida das equipes quanto nos resultados operacionais.

“Essa mudança de paradigma é inevitável. O sofrimento psíquico passou a ser tratado como fator de risco porque seus efeitos deixaram de ser invisíveis — hoje, são mensuráveis, registrados e causam prejuízos reais. O que antes era tratado apenas no RH agora integra as agendas de segurança, compliance e estratégia”, afirma o Product Owner da solução de Saúde e Segurança do Trabalho da Senior Sistemas, Roger Wetzel.

Essa também é uma demanda clara das novas gerações, que vêm redefinindo os critérios de escolha por ambientes de trabalho. Para elas, saúde mental, equilíbrio de vida e bem-estar são prioridades — o que exige das empresas uma transformação cultural alinhada ao futuro do trabalho e à convivência intergeracional nas equipes.

Ouvir antes de adoecer: como identificar sinais e agir preventivamente

Cumprir a nova regra começa pela criação de canais de escuta ativa, estruturada e sigilosa — deixando de lado abordagens genéricas e pontuais. “As companhias precisam entender que existem formas técnicas de identificar os pontos de atenção antes que os problemas se instalem. Não basta reconhecer que há estresse — é necessário mensurar, localizar e tomar decisões baseadas em evidências”, explica Jéssica Ariane.

Ela destaca que o prazo até 2026 não deve ser visto como licença para adiar mudanças: “Este é o momento ideal para estruturar processos internos, preparar as lideranças e estabelecer fluxos de escuta e acompanhamento. Quem se antecipar estará em vantagem.”

Campanhas educativas, capacitação gerencial, protocolos de acolhimento, medidas contra assédio e integração com benefícios voltados à saúde emocional são caminhos eficazes para criar ambientes mais seguros e produtivos — além de evitar prejuízos legais, financeiros e humanos.

Estruturar processos não é custo, é investimento

Mais do que boa vontade, a norma exige método. Será necessário registrar os riscos psicossociais no GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), planejar ações com base em indicadores e comprovar o que foi implementado. A recomendação é adotar um Programa de Gerenciamento de Riscos Psicossociais, articulado às demais iniciativas de saúde e segurança.

“Não adianta aplicar uma pesquisa isolada e arquivar os resultados. É preciso transformar isso em rotina, com diagnósticos constantes e planos de ação efetivos. O foco é a prevenção — e prevenir custa menos do que remediar”, reforça Jéssica Ariane.

O Ministério do Trabalho deve lançar, ainda este ano, um manual técnico para orientar esse processo de adaptação. A fiscalização poderá ocorrer com base na legislação já em vigor, mesmo durante o período educativo. Por isso, ignorar o tema é um risco que nenhuma organização pode correr.

Tecnologia e gestão como aliadas da mudança

Apesar da complexidade envolvida, a implementação pode ser facilitada com apoio especializado e uso de ferramentas digitais. “Nosso objetivo é apoiar tanto a organização quanto os profissionais. As soluções da Senior permitem realizar diagnósticos, estruturar indicadores, acompanhar o clima, cruzar informações de afastamentos e gerar planos de ação consistentes. Tudo com sigilo, segurança e alinhamento às exigências legais”, explica.

Para Roger, o ponto central é não tratar a nova regra como mera formalidade: “Mais do que uma obrigação legal, trata-se de uma oportunidade de transformar o ambiente organizacional. Empresas que colocam as pessoas no centro colhem mais engajamento, melhor desempenho — e menos passivos jurídicos.”

Ele reforça: “Quem se prepara desde já para identificar os riscos, implementar escuta ativa e integrar dados de bem-estar e produtividade terá vantagem competitiva. Cuidar da saúde emocional é cuidar da sustentabilidade dos negócios.”

 

Sobre a Senior  

A Senior Sistemas é a escolha de empresas líderes de mercado que buscam inovação e gestão de alta performance. A multinacional oferece um portfólio completo que abrange todas as etapas da cadeia produtiva em setores estratégicos da economia, como Agronegócio, Atacado e Distribuição, Construção, Indústria e Logística. Com mais de 35 anos de excelência, Senior transformou a gestão de mais de 13 mil empresas de médio e grande porte no Brasil e em outros países da América Latina. Com 11 filiais e três mil colaboradores no Brasil e no exterior, a Senior mantém 160 canais de distribuição e cresce acima de 20% ao ano em receita líquida há cinco anos consecutivos. A Senior acredita que, com sua profunda expertise e soluções tecnológicas, tem a oportunidade de impulsionar empresas rumo à maior eficiência operacional, expansão de receitas e liderança em seus segmentos. Por isso, entrega mais que tecnologia. Para mais informações, visite www.senior.com.br.

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