São Paulo, SP 29/1/2021 – Um engenheiro de estruturas deve ter sempre uma visão crítica, manter-se em constante processo de aprendizado e atualização, acompanhar a evolução tecnológica
O engenheiro é responsável desde a concepção do projeto, ao planejamento, a execução e a fiscalização de toda a obra
A engenharia brasileira se mantém no ranking das melhores do mundo, de acordo com Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), mas diante da grande evolução tecnológica das últimas décadas, o país está precisando melhorar o conteúdo e a forma de ensino nas universidades. Alertam que os cursos não formam projetistas estruturais, para isso, os estudantes precisam fazer residência em escritórios especializados. Segundo a associação, as autoridades pretendem investir mais na formação de engenheiros estruturais.
O profissional de engenharia de estruturas tem uma grande importância durante todo o processo de construção civil, da concepção do projeto a segurança da obra segundo a engenheira civil Edielce Cristina Caixeta Costa, especializada em cálculo estrutural de pontes, viadutos e obras de concreto armado e protendido em geral. Cabe ao engenheiro estrutural, de acordo com a especialista, planejar, executar e fiscalizar a parte estrutural das construções, executando todo o detalhamento do projeto sobre o tipo de estrutura, do material que será utilizado (madeira, concreto, aço), até mesmo o desenho esquemático, além dos cálculos que asseguram sua estabilidade.
Conforme Edielce Costa, o engenheiro de estruturas é responsável por verificar todas as deformações, esforços, cargas, peso dos materiais e as ações dos agentes externos. Os quais seriam: o vento, a chuva, a neve e os terremotos por exercerem influência total sobre a estrutura, então, ele tem que garantir sua estabilidade. “Para isso, são utilizados softwares que ajudam nesses cálculos. O objetivo desse trabalhador é fazer um projeto em que a estrutura consiga cumprir sua função sem entrar em colapso, sem vibrar de forma excessiva ou sem sofrer deformação. Essa estrutura não pode romper, ela deve ser segura e, ao mesmo tempo, econômica (ou seja, um projeto economicamente viável), explica a engenheira, que tem especialização em Gestão de Projetos de Sistemas Estruturais – Edificações.
O ramo de atuação do engenheiro estrutural, de acordo com Costa, abrange praticamente todo o setor da engenharia, podendo citar alguns exemplos como: pontes e viadutos, estações de metrô, usinas hidrelétricas, edifícios residenciais e industriais, entre outros. Ela afirma que o trabalhador também deve conhecer o local no qual o projeto está ou será implantado. “Ele indo projetar um edifício em uma área com muitos terremotos como no Japão, é diferente do que fazer um projeto para São Paulo. No caso de pontes, por exemplo, é preciso considerar elementos como condições do terreno, vento, água, tráfego local e outros”, relata a especialista, que também possui mestrado em Engenharia de Estruturas.
No Brasil, não há histórico de furacões ou tufões, mas a ação dos ventos sobre as estruturas devem ser calculadas de acordo com as regras da ABNT NBR 6123, que sugerem a realização de estudos técnicos mais refinados dependendo do porte da construção e dos dados disponíveis para cada região do país.
“Um engenheiro de estruturas deve ter sempre uma visão crítica, manter-se em constante processo de aprendizado e atualização, acompanhar a evolução tecnológica do mercado, criar mecanismos de checagem e verificação de erros, estabelecer planos, metas e um padrão de planejamento capaz de relacionar os interesses das suas atividades diárias com as suas metas de longo prazo”, conclui a engenheira civil Edielce Cristina Caixeta Costa, com forte experiência em cálculo, elaboração de projetos estruturais novos, de reforço, alargamento de pontes e viadutos, de plantas industriais e obras de concreto armado em geral.
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