“Quem domina o mundo? Mulheres”. A cantora Beyoncé cantou sobre liderança feminina na música ‘Run The World’, de 2011, e foi um dos singles de maior sucesso – e lucro, consequentemente. A canção é um hino para as empreendedoras brasileiras, que ganham a cada dia mais espaço na economia mundial.
O Brasil é o sétimo país do mundo em número de mulheres empresárias. Das 20,6 milhões de empresas ativas no Brasil, mais de 8 milhões tem mulheres como donas ou sócias majoritárias, conforme levantamento Perfil da Empreendedora Brasileira da Serasa Experian. Este número equivale a 40,5% do total de empreendedores no país.
Além disso, no último semestre do ano passado, conquistamos um marco histórico: mais de 10,3 milhões de empresárias se firmaram como donas do próprio negócio.
Leia mais: O que a Anitta pode ensinar para o seu negócio
“Empreender no Brasil já é difícil. Mas empreendendo sendo mulher é três vezes mais difícil”, define a publicitária Joy Rossini, que, junto a arquiteta Aline Damasceno, comanda o escritório de design Tre Punti, que tem parceria com a 3 Pontos Marcenaria. Elas enfrentam um mercado majoritariamente composto por homens com força de vontade e muita criatividade.
No empreendedorismo feminino, os desafios não desmotivam. Ao contrário: fortalecem. Como é o caso do aplicativo Lady Driver, que foi criado por causa dos recorrentes casos de assédio que mulheres sofrem por motoristas. A empresária paulista e CEO da marca, Gabryella Correa, que já foi vítima de assédio, desenvolveu o projeto para criar um espaço seguro para pessoas do gênero feminino. O transporte começou a funcionar no último dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Quem são as mulheres que empreendem?
Todas as mulheres podem empreender. Temos capacidade, força física e intelectual para empreender assim como qualquer outro homem. O empreendimento é uma forma de encontrar a liberdade financeira e, consequentemente, ter maior controle da própria vida.
Em questão de estatística, a maioria das empreendedoras brasileiras são “mães, negras, têm entre 35 e 40 anos, pertencem à classe C e têm escolaridade até o ensino médio”, conforme pesquisa do Instituto Rede Mulher Empreendedora.
Qual é o principal formato de trabalho?
Elas são donas do MEI [Microempreendedor individual]. As mulheres são quase (48%) metade dos MEI brasileiro, segundo pesquisa do Sebrae. Dados completam que elas trabalham mais em casa neste formato (55%).
O trabalho remoto permite que a empresária consiga administrar o empreendedorismo com outras tarefas do dia. Além disso, cerca de 6 em cada 10 empreendedores online são administrados por mulheres. Mais da metade (67%) das empreendedoras já se dedicam em tempo integral aos negócios. Os dados são da pesquisa Elas no E-commerce realizada pela Nuvemshop.
Desafios
Apesar de conquistarem novos espaço no mercado, mulheres ainda enfrentam antigos desafios, como assédio no ambiente de trabalho e, principalmente, desvalorização salarial. Elas recebem 22% menos que homens, conforme IBGE.
Além disso, tem o machismo amplo que influencia diretamente a autoestima da empresária e a visão pública que as pessoas tem sobre o investimento. “Quando você trabalha em uma área em que é 90% masculina, as pessoas já imaginam que o negócio não pode ser seu”, diz a publicitária Joy sobre o machismo que enfrenta ao ser questionada sobre sua posição de liderança por conta do gênero.
Há também um mito machista de que a mulher só pode investir em espaços ligados ao estereótipo feminino, como venda de maquiagem, roupas, calçados e alimentação. É válido destacar que essas áreas requerem muito investimento e estratégia, principalmente por conta da alta competitividade e rápida mudança de tendências.
- Veja como empresária mineira Dany Caramelados se destaca: Receita para o sucesso (com muito caralamelo)
O futuro é feminino
Com o tempo, a tendência é que mulheres entrem ainda mais no mundo dos negócios. A necessidade de ter as rédeas da própria finança e o desejo – e ambição – de conquistar um novo espaço guiam empresárias de todo o mundo a inovarem e serem resilientes.
É abrir espaço para outras mulheres
A publicitária Joy quer que o seu empreendimento inspire outras mulheres a investirem. Essa sensação também está presente em outras empresárias, que se unem para fazer do mundo dos negócios um espaço ainda mais feminino.
================================================================================================================
Gostou deste conteúdo? Visite o portal, e descubra que existem muitas informações importantes que podem te ajudar a tomar a melhor decisão na hora de empreender. Compartilhe com amigos e familiares e siga a gente nas redes sociais.
A Negócio e Franquia está no Instagram, no Linkedin. Você pode acompanhar no canal do Spotify e até mesmo baixar as músicas do Playlist do empreendedor. Se inscreva no Canal do Youtube e acompanhe a coluna independente na Rádio Super FM.